Conforme frisa Maria Augusta Piran, empresária com anos de experiência no mercado, a Economia Comportamental emergiu como uma disciplina inovadora que explora as maneiras pelas quais os seres humanos tomam decisões tomadas. Diferente da abordagem tradicional da economia clássica, que assume que os indivíduos são racionais e maximizadores de utilidade, a Economia Comportamental reconhece que os seres humanos muitas vezes agem de maneira irracional e influenciada por fatores psicológicos, emocionais e sociais. Neste artigo, exploramos os principais conceitos e descobertas da Economia Comportamental e seu impacto na compreensão da tomada de decisões saborosas.
Os fundamentos da Economia Comportamental
A Economia Comportamental nasceu da convergência entre a economia e a psicologia. Os pioneiros nesse campo, como Daniel Kahneman e Amos Tversky, questionaram as suposições básicas da teoria econômica tradicional, como a completa racionalidade dos indivíduos e sua capacidade de avaliar de forma precisa todas as informações disponíveis.
Vieses Cognitivos e Tomada de Decisões
Segundo Maria Augusta Mantovani Piran, uma das principais contribuições da Economia Comportamental é a identificação e categorização de diversas viéses cognitivas que tiveram a tomada de decisões. Estes viés são desvios sistemáticos dos padrões de pensamento considerados racionais.
- Viés da Disponibilidade: as pessoas tendem a dar mais peso a informações disponíveis em suas mentes, muitas vezes superestimando a probabilidade de eventos raros apenas porque eles são facilmente lembrados.
- Viés de Confirmação: indivíduos têm a tendência de buscar informações que confirmem suas crenças preexistentes, ignorando evidências contrárias.
- Efeito de Ancoragem: a primeira informação que uma pessoa recebe ao tomar uma decisão (a “âncora”) exerce uma influência desproporcional sobre a decisão final, mesmo que essa informação seja irrelevante.
Teoria das perspectivas e aversão à perda
A Teoria das Perspectivas, desenvolvida por Kahneman e Tversky, demonstrou que as pessoas não avaliaram ganhos e perdas de maneira simétrica. Assim como explica Maria Augusta Piran, elas geralmente são mais sensíveis às perdas do que aos ganhos equivalentes, o que leva a uma aversão à perda. Esse fenômeno pode explicar por que as pessoas muitas vezes adotam comportamentos de risco ao evitar perdas perigosas, mesmo que não seja racional fazê-lo.
Herança Evolutiva e Economia Comportamental
A Economia Comportamental também explora as raízes evolutivas dos comportamentos psicológicos. Nossos ancestrais enfrentaram desafios diferentes dos que enfrentamos hoje, o que moldou nossos padrões de tomada de decisão. Por exemplo, a aversão às perdas pode ser rastreada a necessidade ancestral de evitar ameaças e garantir a sobrevivência.
A Economia Comportamental oferece uma nova lente através da qual podemos compreender as complexidades da tomada de decisões humanas. Ao reconhecer que as decisões motivadas são influenciadas por fatores psicológicos e sociais, essa disciplina desafia as suposições tradicionais da economia clássica. Ao integrar conhecimentos da psicologia, economia e outras áreas, a Economia Comportamental nos permite projetar políticas e intervenções mais eficazes, levando em consideração a realidade multifacetada da natureza humana, pontua Maria Augusta Mantovani Piran.