Para Thiago Viana, a discussão sobre o que pesa mais no Poker — sorte ou habilidade — é tão antiga quanto o próprio jogo. Esse questionamento não é apenas retórico: ele impacta a forma como o Poker é visto pela sociedade, pelas autoridades reguladoras e até pelos próprios jogadores. Afinal, se o fator predominante for a sorte, o Poker se aproxima dos jogos de azar. Mas se for a habilidade, o jogo entra na categoria dos esportes da mente, como o xadrez e o bridge. Este artigo propõe uma reflexão profunda sobre esse dilema, analisando os dois lados e a razão pela qual o equilíbrio entre eles é o verdadeiro segredo do jogo.
O papel da sorte no curto prazo
Em uma única mão de Poker, a sorte pode ser decisiva. Um jogador pode fazer tudo certo — apostar com a melhor mão, calcular os riscos com precisão, dominar o adversário — e ainda assim perder por causa de uma carta improvável no river. Situações como essa alimentam a percepção de que o Poker é um jogo aleatório, sujeito ao acaso.
No entanto, conforme explica Thiago Signorelli Viana, essas flutuações fazem parte da variância natural do jogo. A sorte, de fato, tem impacto, especialmente em sessões curtas ou em mãos isoladas. Mas ela se dilui à medida que o número de mãos aumenta, e é justamente nesse ponto que a habilidade se impõe.
A habilidade no longo prazo
Quando se analisa o desempenho de jogadores profissionais ao longo de anos e milhares de mãos, um padrão emerge: os melhores consistentemente vencem. Eles tomam decisões melhores, gerenciam o bankroll com disciplina, controlam o emocional, leem os adversários e se adaptam às situações com mais eficiência.
Segundo análise de Thiago Viana, essa consistência é a prova de que o Poker é predominantemente um jogo de habilidade. A sorte define resultados pontuais, mas a técnica define quem sobrevive e prospera ao longo do tempo. Jogadores bem preparados conseguem minimizar os efeitos da variância e extrair valor das situações vantajosas.
O fator psicológico: inteligência emocional em jogo
Além da matemática e da estratégia, o Poker exige autocontrole, resiliência e capacidade de tomar decisões sob pressão. A gestão emocional em momentos de perda ou vitória é parte essencial da habilidade necessária para o jogo. Muitos jogadores tecnicamente competentes falham por não saber lidar com o tilt — o estado emocional que compromete a tomada de decisão.
Thiago Signorelli Viana costuma destacar que o Poker é, antes de tudo, um jogo de decisões. E decisões boas são raras quando a mente está dominada pela frustração ou pelo excesso de confiança. A habilidade emocional, portanto, é tão valiosa quanto o conhecimento técnico.

A percepção pública e a importância do reconhecimento
Durante muito tempo, o Poker foi tratado como jogo de azar pela opinião pública. Essa visão atrasou sua regulamentação e dificultou o reconhecimento do Poker como uma prática esportiva e intelectual. No entanto, com o crescimento do cenário profissional, a popularização de grandes torneios e a atuação de organizações internacionais, essa perspectiva vem mudando.
Como pontua Thiago Signorelli Viana, o reconhecimento do Poker como um esporte da mente é um passo importante para que ele seja tratado com o respeito e a seriedade que merece. Esse reconhecimento também protege jogadores e profissionais da área, incentivando o jogo responsável e ético.
A combinação dos dois fatores
O equilíbrio entre sorte e habilidade é, na verdade, o que torna o Poker um jogo fascinante. A presença da sorte permite que jogadores menos experientes possam vencer esporadicamente, o que torna o jogo acessível e atrativo. Ao mesmo tempo, a habilidade prevalece no longo prazo, garantindo que os mais preparados sejam recompensados.
Para Thiago Signorelli Viana, essa combinação é o que diferencia o Poker de outros jogos puramente aleatórios. No Poker, é possível — e necessário — estudar, treinar, ajustar estratégias e evoluir continuamente. O fator sorte, apesar de presente, nunca será suficiente para sustentar vitórias consistentes sem uma base sólida de conhecimento e técnica.
Conclusão
Sorte ou habilidade? A resposta mais honesta é: ambos. A sorte influencia os resultados de curto prazo, mas é a habilidade que define o verdadeiro vencedor ao longo da jornada. Jogadores que entendem essa dinâmica e investem no próprio desenvolvimento conseguem enfrentar a variância com confiança e transformar o Poker em uma atividade lucrativa, estratégica e intelectualmente desafiadora.
Thiago Signorelli Viana reforça que o debate sobre esse tema deve continuar, pois ele ajuda a elevar a compreensão sobre o Poker e a afastá-lo de estigmas injustos. No fim das contas, o que mais importa não é o fator predominante, mas sim a forma como o jogador escolhe lidar com cada elemento do jogo.
Autor: Andrey Belov